quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A República, considerando-a como o regime político em que o povo se faz representar por administradores executivos temporários, é uma solução interessante para nações politicamente evoluídas.
Não é o caso do Brasil.
No Brasil, a mentalidade egoísta e corrupta de seu povo (generalizando) faz com que os governantes não tenham o necessário nível de comprometimento com a coletividade para que o regime funcione.
Se um governante tem acesso ao topo do poder político e sabe que ficará lá apenas por oito anos (que é o que, na prática, dura o mandato presidencial nesse país), é compreensível que, nessa realidade de corrupção e egoísmo, ele explore todos os meios de enriquecimento que estejam a seu dispor.
Porém, em uma Monarquia, o governante é treinado desde a sua infância para governar. Ele recebe uma instrução voltada para a compreensão sistêmica de sua nação. Mais tarde, ele governará com a tranquilidade de quem não precisará tomar medidas populistas para se reeleger; além disso, ele terá a consciência de que deixará para seu descendente todos os problemas que causar ou que não conseguir resolver em sua gestão.
A experiência republicana brasileira, que começou com uma boa intenção, mostrou-se fracassada nos últimos cento e vinte e oito anos.
Creio que a República chegou cedo demais ao Brasil.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

domingo, 22 de outubro de 2017

Eis algumas verdades simples que a experiência de vida ensina:

A vida é sofrimento.
Temos momentos de felicidade na vida, mas a essência da vida é o sofrimento.
Veja as pessoas à sua volta na rua, no ônibus, em lugares públicos. Quantas estão sorrindo? Quantas não estão?

Deus não existe. Deuses não existem.
A humanidade tem a necessidade antiga de sentir que alguém ou algo sobrenatural está lá, se preocupando com as pessoas, com interesse e plenos poderes para premiar as boas atitudes e proteger os merecedores.
Mas, todos os dias, pessoas honestas, religiosas e atéias, acordam, vão trabalhar, pagam suas contas (ou ficam devendo quando o dinheiro falta), sofrem os dissabores da vida e terão o mesmo fim.
Então, qual é a diferença?

Poucas pessoas em sua vida se preocuparão com você.
Por isso mesmo, elas devem ser valorizadas.
A maioria das pessoas não liga para o que acontece com você. E mesmo as pessoas que o amam não terão você como principal preocupação o tempo todo.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A vida de alguém é limitada; porém, a honra e o respeito duram para sempre.

(Miyamoto Musashi)

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

E hoje eu sei,
Eu sei que quem me deu a ideia
De uma nova consciência
E juventude
Está em casa guardado por Deus,
Contando seus metais.
Tudo que ele deixou foi uma carta de amor
Pra uma apresentadora de programa infantil.
Nela, ele dizia que já não era criança
E que a esperança também dança como monstros de um filme japonês.

Tudo que ele tinha era uma foto desbotada
Recortada de revista especializada em vida de artista.
Tudo que ele queria era encontrá-la um dia:
Todo suicida acredita na vida depois da morte.

Tudo que ele tinha cabia no bolso da jaqueta;
A vida, quando acaba, cabe em qualquer lugar.

E a violência travestida faz seu trottoir.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim.
Se eu soubesse quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim.
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim.
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A maior prova de liberdade é tirar a própria vida.

Tirar o que é de outrem é desonesto, mas abrir mão do que lhe pertence é um direito inalienável.

terça-feira, 25 de julho de 2017

A Suprema Personalidade de Deus disse: Eu sou o tempo, o grande destruidor dos mundos, e vim aqui para destruir todas as pessoas.

Bhagavad Gita, 11:32

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Mas, tão certo quanto o erro de ser barco a motor e insistir em usar os remos, é o mal que a água faz quando se afoga e o salva-vidas não está lá porque não o vemos...

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Samir nunca foi um homem muito motivado. Ele sabe que por isso, embora tenha sobrevivido esses anos todos com trabalho honesto, nunca saiu de uma vida rasa, sem conforto.

Já faz algum tempo, creio que foi antes da última Peregrinação, Samir caminhava por uma viela, dessas estreitas e poeirentas. Ia com a cabeça cheia de problemas e a boca cheia de resmungos quando um velho, sentado à sarjeta, lhe disse:
- A vida é dura, não é? É difícil... Não! A vida é fácil! É você que é um fraco, Samir!
E desapareceu.

Dizem que as vielas andam abarrotadas de gênios.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Oh! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Mas não se preocupe, meu amigo,
Com os horrores que eu lhe digo.
Isso é somente uma canção;
A vida, a vida realmente é diferente,
Quer dizer, ao vivo é muito pior.

Ao poeta Belchior.
Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo,
Prefiro acreditar no mundo do meu jeito.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte.
Mas esse vazio ela conhece muito bem;
De quando em quando é um novo tratamento,
Mas o mundo continua sempre o mesmo...

sexta-feira, 17 de março de 2017

O homem sobre a areia como era no início,
Roçando duas pedras, uma em cada mão,
Descobre a fagulha que incendeia o paraíso
E imaginou que havia inventado Deus.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Olhando um cavalo bravo
No seu livre cavalgar
Passou-me pela cabeça
Uma vontade louca
De também ir

quarta-feira, 1 de março de 2017

A lua metafísica na poça de lama, 
Ponteiros que disparam ao contrário das horas:
Hora de saber o que mudou em você
Que olha no espelho e não vê ninguém.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Minha opinião não está baseada em regras religiosas ou no famoso "politicamente correto ou incorreto". Essas são minhas convicções éticas, apenas.

É um sofrimento para uma mulher que foi estuprada carregar o filho do estuprador, e depois criá-lo. Concordo.
Mas percebo que os pró-aborto focam nas necessidades das mulheres, apenas. E onde ficam as necessidades das crianças?
Crianças, sim. Não importa se em fase intrauterina ou extrauterina. Um espermatozoide é uma célula (um gameta, com meio genótipo). Um óvulo, também. Porém, juntos, formam um ser vivo, uma pessoa, um ser humano.

Existem as mães que abortam porque engravidaram de um estupro.
Existem aquelas que abortam por pura CONVENIÊNCIA; sendo casadas ou solteiras, sabem que a maternidade naquele momento atrapalhará sua vida profissional e/ou pessoal.

Em nenhum caso, contudo, a "culpa" é da criança que foi gerada. É monstruoso matar uma criança por ser um incômodo para a mãe, ou para ambos os pais. Coloco ênfase na mãe porque, na maioria dos casos de aborto voluntário, a palavra final é dela.

Não é decente desconsiderar o sofrimento de alguém que engravidou sem desejar (por violência ou por irresponsabilidade). Mas é muito mais indecente negar o direito mais básico de qualquer pessoa (até de criminosos hediondos), que é a vida, a uma criança, a um feto, a um embrião, a um zigoto: enfim, a um ser que é como TODOS NÓS um dia fomos.

Além do mais, a legislação nacional, muito sabiamente, permite que uma mãe que não queira criar seu filho possa entregá-lo à adoção (art. 13, § 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente), o que certamente é uma opção muito melhor do que a morte. Veja aqui.

Para quem alegar que eu sou contra o aborto porque não sou mulher, digo isso: sou homem, e sou marido, sou pai, sou filho. Conheço a importância da paternidade e da maternidade responsáveis; conheço o valor da vida. Sei que fazer um filho é fácil. Gerá-lo, não. Educá-lo, também não. Ser mãe ou pai não é para qualquer um (penso até que deveria haver um curso de habilitação para isso). "Interromper a gravidez" (um eufemismo que significa matar um zigoto/embrião/feto com substâncias tóxicas ou despedaçando-o através de intervenção mecânica) muitas vezes é a opção mais fácil, que evita despesas, vergonha, inconvenientes familiares, etc. Mas as opções mais fáceis costumam ser as mais erradas. É difícil agir de maneira correta, mas é indispensável para quem quer se considerar honrado.
Penso que nenhuma mãe de defensor do aborto era pró-aborto, ou essa discussão teria acabado antes mesmo de começar.

É tempo de a humanidade parar com os discursos liberais ou neoliberais e começar a respeitar a vida. É tempo de se iniciar, também, um controle de natalidade ético, sem assassinatos de nascituros, com medidas PREVENTIVAS por parte de homens e mulheres (já tão conhecidas por todos). Os humanos já não se multiplicam como animais: multiplicam-se como um vírus, que mata pouco a pouco seu hospedeiro, a Terra.
Visto que a humanidade carece de consciência em relação à sua taxa média de natalidade, cabe aos governos imporem um controle compulsório. É uma medida antipática, mas é muito mais benéfica do que esperar o derradeiro desastre.
Ou estanca-se agora o crescimento de nossa população, ou uma superguerra, motivada pela escassez de recursos como água potável e terras férteis, encarregar-se-á de resolver o problema da superpopulação. E da pior forma possível.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Maria que não foi com as outras
Maria que não foi pro mar
No dia dois de fevereiro
Maria não brincou na festa de Iemanjá
Não foi jogar água-de-cheiro
Nem flores pra sua orixá
Aí, Iemanjá pegou e levou
O moço de Maria para o mar

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Que coisa mais sem sentido, fazer um blog.
Ainda bem que ninguém o lê.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Em tempos de guerra a gente não chora: sobrevive.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

(Ruy Barbosa)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

É necessário deixarmos de lado os tribalismos se quisermos ser, algum dia, uma única nação humana.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Um carro que se empurra, um chapéu esburacado,
No peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
O homem que apregoa ao fim da tarde.

Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
Voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
E à noite vai dormir com a tristeza.

(...)

A mágoa que transporta a miséria ambulante
Passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o outono diante;
É como se empurrasse o nevoeiro.

Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
Ardem no fogareiro dores tamanhas.