terça-feira, 25 de dezembro de 2018


Em 22/12/2018 o vulcão Anak Krakatoa (ou Anak Krakatau), na Indonésia, que é a versão ressuscitada do mesmo Krakatoa que sofreu uma erupção colossal em 1883, e uma erupção titânica em 535, que teve consequências em todo o planeta, entrou novamente em erupção, causando um tsunami que causou a morte de centenas ou milhares de pessoas.
Ele já vinha apresentando atividade pelo menos desde outubro deste ano.
Então por que o governo indonésio não evacuou a população das ilhas do entorno? Segundo a autoridade responsável, porque não houve terremotos precedendo o tsunami.

Ou seja, esperaram o pior acontecer para depois tomar providências.
Um péssimo hábito.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Mais um ano que se encerra com esse gosto de derrota na boca.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

"O pomo está maduro; colhe-o já, senão apodrece."











Dona Leopoldina, Imperatriz do Brasil
7 de setembro de 1822

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Samir não gosta de acordar cedo. Desde quando se lembra, sempre foi uma pessoa noturna.

Samir me contou que, nos últimos tempos, tem tido cada vez mais dificuldade para levantar da cama, seja para trabalhar ou nos dias de folga.
Não é um problema físico. Mas a sensação que ele tem é de que precisa se convencer a começar o dia. Todos os dias.

Cada vez está mais difícil para Samir encontrar argumentos para si mesmo.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Escolha um trabalho que você ame e você não terá de trabalhar um dia sequer em sua vida.

Confúcio

domingo, 1 de julho de 2018


Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio.  Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...


Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...


terça-feira, 26 de junho de 2018

Samir não é muito afeito a práticas desportivas, ou a qualquer forma de atividade física. Mas ele gosta de olhar longamente o mar, o deserto, a mata, as tamareiras que acompanham a estrada que leva às colinas.

Certo dia (não faz muito tempo), ele decidiu explorar sozinho as ruínas do velho monastério que fica além do rio seco. É um lugar distante, esquecido, calcinado pelo sol, outrora habitado por monges dos tempos do Profeta.
Em uma câmara, provavelmente uma cela, encontrou algo. Em um buraco da parede escavada na rocha, bem ao nível do piso, coberto de areia alaranjada, havia um antigo caderno enrolado em uma capa de couro. Suas páginas estavam escritas em um árabe antigo. Samir, percorrendo as letras bem desenhadas na primeira folha, sentiu um arrepio que o fez perder o chão:

Quatro passos para resolver sua vida:

1. Pare de reclamar.

2. Pense no que você deve fazer — seja realista.

3. Faça — sem desculpas.

4. Faça agora!

Samir me disse que deixou o caderno lá, no mesmo buraco, com a mesma areia por cima, para que daqui a alguns séculos outra pessoa volte a encontrá-lo, se ele assim o quiser.

quarta-feira, 30 de maio de 2018













No sé que tienen las flores, Llorona,
Las flores del campo santo,
Que cuando las mueve el viento, Llorona,
Parecen que están llorando.



terça-feira, 29 de maio de 2018

Liberdade total é quando somos ignorados por todos.

sábado, 12 de maio de 2018

O Brasil já teve muitos presidentes.

Está na hora de ter um comandante.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Os tímidos temem antes que aconteça;
Os covardes, durante;
Os valentes, depois.

E loucos são os que nunca temem.

sábado, 28 de abril de 2018

Janaína é passageira:
Passa as horas do seu dia em trens lotados,
Filas de supermercados, bancos e repartições
Que repartem sua vida.

domingo, 22 de abril de 2018


(...)


Creio, Senhor, que com estes dois degredados ficam mais dois grumetes, que esta noite se saíram desta nau no esquife, fugidos para terra. Não vieram mais. E cremos que ficarão aqui, porque de manhã, prazendo a Deus, fazemos daqui nossa partida.

Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é toda praia parma, muito chã e muito formosa.

Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa.

Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.

Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.

Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.

E que aí não houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegação de Calecute, bastaria. Quando mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa santa fé.

E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza do que nesta vossa terra vi. E, se algum pouco me alonguei, Ela me perdoe, que o desejo que tinha, de Vos tudo dizer, mo fez assim pôr pelo miúdo.

E pois que, Senhor, é certo que, assim neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro – o que d'Ela receberei em muita mercê.

Beijo as mãos de Vossa Alteza.

Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.


Pero Vaz de Caminha



sábado, 31 de março de 2018

— Samir, venha cá um pouco — chamou através da porta da casa de chá o Imam. — O que o aflige, meu filho?
— O trabalho, a falta de dinheiro, a política...
— Ora! Mas você só vê as coisas negativas da vida? Allah, louvado seja seu nome, deu-lhe as coisas ruins, mas também as coisas boas. Não vale a pena se mortificar por tudo, Samir. A vida é boa, a vida é o presente do Criador para você.

— O que nos mata pouco a pouco, meu caro Sheik, é a vida.

domingo, 18 de março de 2018

As pessoas olham para o fundo do prato mais do que para o enfeite da mesa.

terça-feira, 13 de março de 2018

Samir aprendeu, com o passar dos anos, a sobreviver ao convívio social. Mas, às vezes, ele sente que isso não é suficiente.

Um dia desses, Samir foi visitar seu primo Rashid. Rashid tem uma banca no mercado da medina.
Como a esposa de Rashid mandou chamá-lo para atender a alguma urgência em casa, Samir ficou tomando conta da banca.
Foi então que Samir percebeu que estava como um náufrago, boiando em um oceano de gente, gente que falava, berrava, espirrava, tossia, cuspia, se esbarrava pelos becos do mercado, gente que brigava por alguma barganha difícil em uma banca próxima...

Quando voltou para casa, como um náufrago que é jogado na praia pelas ondas, Samir estava esgotado.
Cada um sabe a dimensão do próprio sofrimento, ou da ausência total de sentido de sua vida.

(Paulo Coelho)

terça-feira, 6 de março de 2018

A minha vida é um pesadelo e eu não consigo acordar
E eu não tenho perspectivas de sair do lugar.
A minha sina é suportar viver abaixo do chão
E ser um resto solitário esquecido na multidão...

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Tell me why 
When I scream there's no reply 
When I reach out there's nothing to find 
When I sleep I break down and cry



sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018


Escrevi um bilhete a ela
Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar



quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Antigamente a informação era escassa e o desafio era encontrá-la; agora a informação é farta e o desafio é filtrá-la.
Não sou ateu. Sou um cientificista. Acredito que a Ciência é o melhor meio para se desvendar os mistérios do Universo e acredito que a Natureza é a grande inteligência por trás da arquitetura universal. Nesse contexto, não é exagero pensar na Ciência como uma religião e na Natureza como sua divindade.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Esta é uma era em que a mídia (sob as ordens de alguém que certamente está lucrando com isso) maldosamente tem levado a sociedade a confundir libertinagem com liberdade, permissividade com tolerância, perversão com livre expressão do pensamento.
A grande massa mostra-se incapaz de discernir o certo do errado, sendo influenciada passivamente, como de costume.
Quisera eu ter a esperança de ver neste novo ano uma mudança nesse processo de imoralização de nosso povo...